27 de fevereiro de 2007

Sonhos e Sono

Pois bem
Estou aqui à procurá-lo, sem sucesso e com afinco
Procurá-lo em toda parte
Pelo chão
Armários
Camas
Mesas
E banhos [por que não?!]

Na televisão talvez o encontre
Ou quem sabe no porão
Na verdade nunca sei
Onde o danado pôs a mão

E sem sucesso continuo
Pois a graça aumenta
O procuro em toda parte
No quarto
Na sala
E até na dispensa

Difícil é encontrá-lo
Parace que faz de próposito
Parece que gosta de me ver aflita
Desfrutando, mas aflita sim

Quero saber onde se esconde
Quero aprender seus caminhos
E descobrir pra onde me levaria
E até onde eu iria


Mas, se assim o fosse...
...cadê a vontade de achá-lo?



Procuro?

O que?



Ou seria...

Quem?



M. Morato

25 de fevereiro de 2007

Primeiro Delírio Pós Leitura

Eu aqui
No meio de tanta gente
Entre tantos mundos
E meu egóismo é latente
Insistente
Me remete ao meu próprio universo
Tornando invisíveis infindáveis vidas inexploradas

Sou um ser egoísta
Vou onde meu corpo pede
Atendo seus desejos
Esquecendo de explorar tantos outros

Eu
Aqui
Em meio a tantos prazeres misteriosos
So me permito a um:
Sua temperatura
Sua língua descendo pelo meu corpo
Suas mãos descobrindo sensações desconhecidas
Seus olhos me despindo, me desejando
Seu desejo me comendo, me degustando

Entre tantos olhares
Bocas
Mãos
Desejos
Só um sussuro sai da minha boca:

V O C Ê.




M. Morato