15 de fevereiro de 2008

Ciclos.
Nós vivemos em eternos ciclos. Em constantes mudanças. Nos construímos através delas e somos o que somos em consequência disso.
Os bons tempos vêm e se vão. E os maus tempos também. No entanto, despendemos grande parte do nosso tempo e enrgia tentando trazer os bons tempos de volta. Temos uma dificuldade inexplicável de abrir mão do que passou e abrir os braços para o que virá. Não conseguimos perceber que os bons tempos chegam por si mesmos. Talvez estejamos nos cegando com o desejo de possuir novamente que tínhamos julgado ser o melhor.

Vivemos eternamente conhecendo novos prazeres e, em consequência disso, adquirindo novos desejos. Vontades de ter, de sentir, de ser sentido, de realizar. São aspirações infindáveis e que se renovam a cada abrir de olhos. Mas será que somos capazes de enxergar realmente a mudança, até mesmo quando ela ocorre em nós?

Vivi bons momentos e confesso que, até o presente minuto, gastei uma energia incalculável tentando trazê-los de volta. Achando que eles eram o que eu precisava e queria para minha vida. Gastei toda a minha ansiedade, minhas preocupações e meu tempo [também].
Não que eu ache que os bons momentos não me serviram[ão] de nada; muito pelo contrário, faço questão de lembrá-los sempre. Questão maior faço de perceber que foi justamente nisso que pude distinguir a diferença em mim, a mudança, meu ciclo.

Constantemente vejo pessoas sofrendo por não conseguirem projetar sua força ou a importância de ser. O poder que possuem. Vejo dor, quando é notória a dependência do seu bem estar na simples presença de outro. Tenho consciência do quão difícil é tomar para si planos e fazer deles suas maiores verdades e, de repente, ter que se acostumar com o fato de que, por uma vontade que não sua, eles não se concretizarão.

Mas somos pessoas. E sendo vivas, sabemos que nosso sucesso ou fracasso depende única e exclusivamente de nós mesmos. A dor e o pesar podem ser diminuídos facilmente com a possibilidade do conhecimento de si mesmo, e da certeza que tudo do que precisamos se encontra dentro de nós mesmos. Não nos falta nada para um ou para milhares de sorrisos.

Não adianta procurar em lugar algum; nós somos os únicos detentores das nossas ruínas e de nossas vitórias.

3 comentários:

Márcio Filho disse...

eu poderia pôr aspas no seu texto inteiro e colocar num blog que eu possuísse. =]

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

"Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é", já diz a letra de uma famosa música... Só nós mesmos somos responsáveis pelo que fazemos da nossa vida. O que sentimos, se estamos alegres, ou tristes, e se nada vai do jeito que queremos, cabe a nós a mudança. Lindo post Marília, paarbéns! Vejo que me linkasse né? Vou te add no meu blog também, certo? Bjinhos!