E no seu corpo não sinto meu perfume
E no seu copo não bebo meu prazer
E nos seus olhos não vejo minha imagem refletida
E nas suas mãos o vão se faz presente
Cascata de nuvens sob os olhos cegos do querer
Você já não está
Aceitar é impossível
E eu não desisto
Persisto em sentir o peso das tuas mãos pairando sob meu corpo novamente
De que tamanho se faz o vazio que nos separa?
As chaves do apartamento ainda são as mesmas
No espelho ainda tem seu sorriso
E você já não está
As horas passam diferentes
E o caminho que percorro modifica a cada segundo
Passos lentos
Ruas escuras
Você não está
Grito seu nome
Faço sala para a dor que me assombra
Me acho nas memórias que me perseguem
Me perdi, assim como a você
Não há o que não me faça querer voltar
Minha cama guarda sua temperatura
"Minha pele tem o fogo do juízo final"
E meu fogo ainda arde você.
8 de junho de 2007
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