23 de junho de 2007

esconde-esconde.

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A vida, às vezes, parece querer brincar com a gente e insiste em testar nossos limites, colocando-nos em situações inimagináveis.
[Eu não sei quem sou. Na verdade não faço idéia]
Algumas vezes dá vontade de puxar a barra da saia da vida e dizer: "Ei! Posso ficar aqui embaixo?"
Mas ela só brinca com a gente se nossa razão assim permitir. Sei.
[Onde mesmo se esconde a razão na gente?]
Tá tudo meio escuro.
Não. Tá escuro mesmo - meio escuro nem existe. E eu vou seguindo caminhos pisados.
Acho que a segurança que depositei neles se esvaiu junto com as marcas das pegadas na areia que não consigo enxergar.
Um nó na garganta e um aperto no peito me incomodam; e vem um senhor no lado e me diz sorrindo: "Não chore, menina! Você é tâo bonita para estar chorando!" Bom isso. Vou me lembrar de ir pra frente do espelho quando estiver triste. Me lembrarei também das palavras de uma amiga me dizendo: "Ah! Tu chora por tudo mesmo."

Lembrar!
Tá aí... Acho que acabei de encontrar a contra indicação do meu remédio antimonotonia.
Lembrar.
Estranho isso de teimar em reviver as coisas, como uma tentativa de salvar algo. Quem sabe a vida. Mas não essa que se mostra e implora cuidado, mas aquela que caminha a mais tempo e ri na cara da gente quando percebe nossa frustração em querer mudá-la.
Dói.
Cansa também.
Natural.
Natural também é começar a pecerber mais cores naquele presente que virava passado tão rapidamente [e que acabava por debochar da mesma forma].





E eu falava de quê mesmo?
Das brincadeiras... Das brincadeiras...
Das brincadeiras da vida...

Pois é.
Acho que cansei de brincar, por ora.
Tem umas brincadeirinhas chatas essa vida.
Vou começar a inovar. Criar. Recriar.
Tudo bem do meu jeitinho.

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